sábado, 24 de dezembro de 2011

Um Feliz Natal!!!!


"Quero ver você não chorar, 
não olhar pra trás 
nem se arrepender do que faz

Quero ver o amor vencer, 

mas se a dor nascer você resistir e sorrir

Se você pode ser assim, 

tão enorme assim eu vou crer

Que o Natal existe, 

que ninguém é triste, 
que no mundo há sempre amor

Bom Natal, um Feliz Natal, 

muito amor e paz pra você

Pra você…"


Brigadeiro com Poesia deseja a todos os amigos e clientes um Feliz Natal!!!
Beijos!

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Organiza o Natal
(Carlos Drummond de Andrade)

Alguém observou que cada vez mais o ano se compõe de 10 meses; imperfeitamente embora, o resto é Natal. É possível que, com o tempo, essa divisão se inverta: 10 meses de Natal e 2 meses de ano vulgarmente dito. E não parece absurdo imaginar que, pelo desenvolvimento da linha, e pela melhoria do homem, o ano inteiro se converta em Natal, abolindo-se a era civil, com suas obrigações enfadonhas ou malignas. Será bom.


Então nos amaremos e nos desejaremos felicidades ininterruptamente, de manhã à noite, de uma rua a outra, de continente a continente, de cortina de ferro à cortina de nylon — sem cortinas. Governo e oposição, neutros, super e subdesenvolvidos, marcianos, bichos, plantas entrarão em regime de fraternidade. Os objetos se impregnarão de espírito natalino, e veremos o desenho animado, reino da crueldade, transposto para o reino do amor: a máquina de lavar roupa abraçada ao flamboyant, núpcias da flauta e do ovo, a betoneira com o sagüi ou com o vestido de baile. E o supra-realismo, justificado espiritualmente, será uma chave para o mundo.

Completado o ciclo histórico, os bens serão repartidos por si mesmos entre nossos irmãos, isto é, com todos os viventes e elementos da terra, água, ar e alma. Não haverá mais cartas de cobrança, de descompostura nem de suicídio. O correio só transportará correspondência gentil, de preferência postais de Chagall, em que noivos e burrinhos circulam na atmosfera, pastando flores; toda pintura, inclusive o borrão, estará a serviço do entendimento afetuoso. A crítica de arte se dissolverá jovialmente, a menos que prefira tomar a forma de um sininho cristalino, a badalar sem erudição nem pretensão, celebrando o Advento.

A poesia escrita se identificará com o perfume das moitas antes do amanhecer, despojando-se do uso do som. Para que livros? perguntará um anjo e, sorrindo, mostrará a terra impressa com as tintas do sol e das galáxias, aberta à maneira de um livro.

A música permanecerá a mesma, tal qual Palestrina e Mozart a deixaram; equívocos e divertimentos musicais serão arquivados, sem humilhação para ninguém.

Com economia para os povos desaparecerão suavemente classes armadas e semi-armadas, repartições arrecadadoras, polícia e fiscais de toda espécie. Uma palavra será descoberta no dicionário: paz.

O trabalho deixará de ser imposição para constituir o sentido natural da vida, sob a jurisdição desses incansáveis trabalhadores, que são os lírios do campo. Salário de cada um: a alegria que tiver merecido. Nem juntas de conciliação nem tribunais de justiça, pois tudo estará conciliado na ordem do amor.

Todo mundo se rirá do dinheiro e das arcas que o guardavam, e que passarão a depósito de doces, para visitas. Haverá dois jardins para cada habitante, um exterior, outro interior, comunicando-se por um atalho invisível.

A morte não será procurada nem esquivada, e o homem compreenderá a existência da noite, como já compreendera a da manhã.

O mundo será administrado exclusivamente pelas crianças, e elas farão o que bem entenderem das restantes instituições caducas, a Universidade inclusive.

E será Natal para sempre.




Beijos!

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Receita de Natal: Rabanadas com Doce de Leite ou Goiabada


Os recheios podem ser de goiabada com queijo ou doce de leite
15 minutos
10 porções

ingredientes
·         1 pacote de pão de forma sem casca (com 20 fatias)
·         200 g (1 xícara de chá) de leite condensado cozido por 40 min na pressão ou doce de leite pronto ou 200 g (1 xícara de chá) de goiabada derretida e 100 g de queijo meia cura ralado grosso para polvilhar
·         De 750 ml a 1 litro de leite
·         1 colher (sopa) de açúcar para misturar no leite
·         6 ovos inteiros batidos
·         Óleo para fritar
·         3 xícaras (chá) açúcar misturado com 2 colheres (sopa) de canela para passar as rabanadas

modo de preparo


Espalhe 1 colher (sobremesa) de doce de leite ou goiabada amolecida e o queijo sobre uma fatia de pão. Cubra com a outra fatia e aperte delicadamente as bordas para colar.


Passe no leite com o açúcar. Depois nos ovos batidos. Leve para fritar em óleo quente. Coloque sobre papel-toalha, depois passe pelo açúcar com canela. Se preferir, você pode comer sem passar no açúcar com a canela.


Origem da rabanada
A rabanada é um doce de origem portuguesa que costumava ser servido na ceia de Natal. 


Deve ficar uma delícia, hein?
Receita tirada daqui.
Beijos!

domingo, 11 de dezembro de 2011

Encomendas de Natal...




Embalagem Fernando Pessoa com 4 potinhos de vidro!
Quer ver outras opções? Então clica aqui!
Beijos!

Lançamento de livros de poesia em Campinas!!!

Atenção campineiros!!!

Ótimos poetas lançando livros nesta semana em Barão Geraldo!
Compareçam! Prestigiem!
Ou, como diz nosso grande poeta e amigo Guto Leite... se esbaldem!


Beijos!

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Árvores de Natal criativas

Para quem quiser se aventurar artesanalmente, seguem algumas sugestões legais de árvores de Natal repletas de criatividade:






Beijos!

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Mais novidade natalina!

Vocês acham que as novidades natalinas acabaram por aqui? 
(veja aqui as nossas novidades para esse natal!)

Claro que não! ;)




beijos!

sábado, 3 de dezembro de 2011

Para refletir neste Natal

— Escolhe a tua estrela favorita — disse ele naquela noite. Ele disse que eu podia ficar com ela para mim. Ele disse que era o meu presente de Natal.
— Você não pode me dar uma estrela! — falei. — Ninguém é dono de uma estrela.
— É isso aí — disse ele. — Nenhuma outra pessoa tem uma estrela. Basta você declarar que tem antes dos outros, que nem aquele carcamano do Cristóvão Colombo, que declarou que a América era da rainha Isabel. Declarar que uma estrela é tua tem a mesma lógica.
Pensei bem e cheguei à conclusão de que o papai estava certo.
Ele sempre descobria umas coisas assim.
Eu podia ter qualquer estrela que quisesse, disse, menos Betelgeuse e Rigel, porque a Lori e o Brian já tinham declarado que elas eram deles.
Levantei os olhos, olhei as estrelas e tentei decidir qual era a melhor de todas. Dava para ver centenas, talvez milhares ou, até, milhões, brilhando no céu claro do deserto. Quanto mais tempo você olhava, mais os olhos se acostumavam ao escuro, mais estrelas você enxergava, camada por camada tornando-se visível. Havia uma em particular, a oeste, sobre as montanhas, mas baixa no céu, que brilhava com mais força do que todas as outras.
— Quero aquela — falei.
Papai sorriu.
— Aquele é Vênus — disse ele. — Vênus é apenas um planeta bem chinfrim se comparado às estrelas de verdade. Ele parece maior e mais brilhante porque está muito mais perto do que as estrelas. O pobrezinho de Vênus nem produz sua própria luz. É iluminado, não luminoso, só brilha porque reflete a luz. — Ele me explicou que os planetas brilhavam porque a luz refletida era constante, e que as estrelas brilhavam porque a sua luz pulsava.
— Gosto dele mesmo assim — falei. Eu já admirava Vênus, mesmo antes daquele Natal. Dava para vê-lo já nas horas iniciais da noite, cintilando no horizonte, a oeste. E, se você levantasse cedo, ainda podia vê-lo de manhã, depois que todas as estrelas já tinham desaparecido.
— Ora bolas — disse papai. — É Natal. Você pode ter um planeta se quiser.
E ele me deu Vênus.
Naquela noite, durante o jantar, conversamos sobre o espaço sideral. Papai explicou o que eram anos-luz, buracos negros e quasares, e falou das qualidades especiais de Betelgeuse, Rigel e Vênus.
Betelgeuse era uma estrela vermelha, no ombro da constelação de Orion. Era uma das maiores estrelas que se podiam ver no céu, centenas de vezes maior do que o Sol. Ela tinha ardido com um brilho intenso durante milhões de anos, e logo se tornaria uma supernova e se apagaria. Fiquei triste porque a Lori tinha escolhido uma estrela toda ferrada, mas papai explicou que "logo" queria dizer centenas de milhares de anos, em se tratando de estrelas.
Rigel era uma estrela azul, menor que Betelgeuse, prosseguiu papai, mas ainda mais brilhante. Também ficava em Orion — estava no seu pé esquerdo, o que parecia apropriado, porque o Brian corria super rápido.
Vênus não tinha luas nem satélites, nem sequer um campo magnético, mas ele tinha uma atmosfera meio que parecida com a da Terra, só que era extremamente quente — uns 260ºC ou mais.
— Por isso, quando o Sol começar a se apagar e a Terra congelar, todo mundo daqui vai querer mudar para Vênus, para ficar no quentinho. E eles vão ter que pedir permissão para os seus descendentes primeiro — alegou papai.
Rimos de todas as crianças que acreditavam na lenda do Papai Noel, e só ganhavam um monte de brinquedos baratos — e de plástico — de presente.
— Daqui a muitos anos, quando a porcariada que eles ganharam estiver quebrada e a tiverem esquecido toda — disse ele —, vocês ainda terão as suas estrelas.



(Trecho de "O Castelo de Vidro", livro de memórias de Jeannette Walls)


Beijos!
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